terça-feira, 9 de setembro de 2014

GERAÇÃO Y - resumo

           

             A "geração Y" é o nome para designar o conjunto de indivíduos que nasceram entre os anos de 1978 e 1995. A principal característica desta geração é que ela acompanhou a Revolução tecnológica desde o início.
              Um fator marcante desta geração é a capacidade de romper com os paradigmas do passado ligados à realidade empresarial. Há uma maior valorização do informal, do subjetivo, superando em alguns casos o formalismo exarcebado.
            Adriano C. Teixeira, doutor em informática define as principais características da Geração Y: Valorização do conhecimento em detrimento à tradição, da criatividade em contraposição à técnica, do compartilhamento em oposição ao segredo e da competência técnica acima de tudo. Ainda, enfatiza que a geração Y costuma fazer da profissão uma diversão.
              Através da tecnologia, especialmente da Internet, a geração Y consegue dinamizar novos modelos de negócios, pautados principalmente na comunicação direta entre empresas e clientes, facilitando muitos processos de negociação entre os stakeholders. Destaca-se ainda, a capacidade que a Internet tem de diminuir as distâncias existentes.
           A relação entre a geração Y e a anterior (X) parece salutar, uma vez que estamos em um momento de transição no que se refere aos paradigmas empresariais. As gerações podem viver normalmente no mesmo ambiente e isso gera crescimento para o todo de uma Organização, uma vez que um jovem da geração Y normalmente tem como referência (seja como gestor ou como colaborador mais antigo) alguém da geração X.
        O aprendizado pode ser mútuo, o jovem Y utiliza-se da experiência/sabedoria do adulto X para ser mais prudente e consciente nas suas decisões. Por sua vez, a recíproca é verdadeira, e o adulto X pode haurir mais entusiasmo, ambição e conhecimento perante as novas tecnologias manjadas pelo jovem Y.
      Mas como cada época nomeia uma geração, no dinamismo do tempo e suas mudanças, já estamos contemplando o surgimento da mais nova geração, a geração Z.
           Se a geração X teve que se adaptar à chegada das novas tecnologias, e a geração Y nasceu e desenvolveu-se juntamente com tais novidades; a geração Z é aquela que assume quase que um domínio total dessas novas tecnologias.
           A normalidade da geração Z é estar sempre conectada, aberta ao diálogo, de uma forma veloz e global. Um comportamento que influencia grandemente a vida empresarial.
            Em suma, o mundo corporativo, com sua mania de rotular cada geração consoante à realidade contemporânea em suas mudanças imparáveis, identifica as características que podem influenciar positivamente as Organizações. Nesse sentido, cada geração contribui para o desenvolvimento linear das empresas, não há uma ruptura visível, mas sempre uma transição gradativa e necessária para que as empresas se mantenham no Mercado.
           Estar atualizado ao aderir as novas tecnologias em suas mudanças constantes não deve ser algo no campo da opção, deve ser algo essencial de cada empresa, de seus administradores e colaboradores. Observando sempre o equilíbrio, respeitando as diferenças, aproveitando o que é útil das gerações anteriores.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Inteligência Emocional no exercício da liderança



A Inteligência Emocional, conforme Daniel Golemam (primeiro autor a conceituar o tema) é a capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos, e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos. 
Nesse sentido, a Inteligência Emocional é percebida através de cinco atitudes: Autoconhecimento Emocional, Habilidade de lidar com seus próprios sentimentos, Automotivação, Reconhecimento das emoções de outras pessoas e Habilidades nos relacionamentos interpessoais.
Por sua vez, liderança é "a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir os objetivos identificados como sendo para o bem comum", conforme Hunter do emblemático livro "O monge e o executivo".
Vamos relacionar os assuntos percebendo os benefícios que a Inteligência Emocional possibilita ao exercício da liderança.
A Inteligência Emocional privilegia aspectos ligados à subjetividade humana, na capacidade que o homem tem de lidar com as suas próprias emoções direcionando-as para o seu e o bem comum. Sendo assim, podemos dizer que, ao utilizar a sua Inteligência Emocional, o homem exerce uma liderança sobre si mesmo.
Muitas vezes, no que diz respeito à liderança, ouvimos no senso comum: “É mais fácil obedecer do que mandar”. Pessoas que tem essa visão, que não conseguem “mandar” (ou exercer uma liderança sobre os outros) na verdade podem estar projetando uma deficiência também no obedecer. Isto porque para obedecer há uma necessidade interna de mandar em si mesmo na conversão da vontade, pois do contrário a obediência não é tão “fácil” como se pensa. Portanto, para obedecer a pessoa precisa saber mandar (em si mesmo).
Quem exerce liderança sobre si mesmo tem maior facilidade para liderar os outros. Da mesma forma, quem se utiliza da Inteligência Emocional - aprendendo a lidar com a complexidade das próprias emoções, tem maior facilidade para entender e lidar com as emoções das outras pessoas.
Nesse sentido, podemos dizer que a Inteligência Emocional torna-se essencial para o exercício da liderança. O líder, diferente do patrão, é aquela pessoa dotada de uma Inteligência Emocional que o faz liderar a si mesmo para poder liderar melhor os outros.
E nesse processo, os aspectos emocionais são fundamentais para que o líder saiba inspirar, motivar e, a partir do próprio exemplo ser referencial para seus liderados, no sentido de ser alguém capaz de ser seguido por eles. Ao mesmo tempo, o líder surge como alguém que valoriza e se importa com o seu liderado, ou seja, percebe e se sensibiliza com as suas emoções. Porém, o líder Inteligente Emocional é extremamente equilibrado, e pode flutuar com maturidade na razão e na emoção.

            Em suma, a importância da Inteligência Emocional no exercício da liderança trata-se de uma necessidade e não somente de um molde de ação. A Inteligência Emocional faz parte do processo de liderar, agrega mais humanidade e aproxima líder e liderados dos objetivos traçados.

terça-feira, 29 de abril de 2014

ADMINISTRAÇÃO PESSOAL: Uma questão de egoísmo altruísta


Egoísmo e altruísmo. Paradoxos que podem se dar as mãos na solução de tornar a solidão um motivo a mais para estar e ser melhor na multidão.
A Administração Pessoal acontece assim, no egoísmo altruísta que a solidão harmoniza, vitaliza, pois prepara o “eu” para encontrar-se melhor com o “tu”.
Recolher-se no mais profundo do eu, privilegiar o autoconhecimento, lugar no qual as máscaras são naturalmente retiradas e a face às vezes cansada é apresentada. Não simplesmente para constatar e cair talvez no complexo de inferioridade, mas para ser autêntico na vida, consigo e com os outros. Fazer uma análise SWOT, percebendo forças, fraquezas, ameaças e oportunidades.
Há alguns que não suportam a si mesmo, não suportam a solidão e o silêncio, têm medo. Preferem a internet até o sono chegar (ou prolongar), a música para distrair e acalmar (ou agitar), e outras coisas que distraem a atenção e o foco. E quando o sono chega ou se tenta dormir, a sensação é que o dia está incompleto, faltou algo a fazer, alguém pra falar. Percebe-se então que a alma não consegue o sossego restaurador e o intervalo necessário no seguimento dos dias.
E são poucos os que refletem sobre si. Seja através de uma reflexão antropocêntrica, que coloca o eu no centro, avaliando-o em relação ao dia e/ou através de uma reflexão teocêntrica, elevando o eu a Deus, reconhecendo que nele o eu é santificado.
O paradoxo do egoísmo altruísta pode ter o sinônimo de Administração Pessoal. Aquela que o indivíduo, qualquer que seja sua atividade e profissão, consegue administrar a si mesmo, ou seja, seu tempo, suas emoções, seus compromissos e as prioridades para viver com totalidade e qualidade a sua vida.
Quando sou altruísta não sendo, ou seja, utilizando-se da máscara que superficializa o meu eu verdadeiro, posso estar sendo egoísta. Então aquilo que faço e sou, ainda que seja algo solidário, será instrumentalizado erroneamente para que somente o ego seja satisfeito.
A reflexão interior nas suas variadas formas torna-se o momento propício de organização do EGO, permitindo que o silêncio seja positivo, bem como a solidão. A solidão que prova e provoca solidez, que amoriza e não entendia a alma.
Momento de parar, se recompor, de entrar no quarto do próprio coração. Assim, poder rir e chorar de si mesmo sem restrições e medos, refletindo sobre os dons e talentos, mas também sobre os limites e defeitos. Momento de crescimento, de amadurecer, de firmar a identidade, com liberdade, com verdade.
Egoísmo altruísta. Necessidade humana de parar um pouco, disciplinar-se no que se é para melhor ser com o outro.
Daí a necessidade de uma valorização do indivíduo, enquanto pessoa dotada de potencialidade, na complexidade do seu ser (fruto do meio, das experiências e da cultura). Sob essa ótica torna-se possível o entendimento do seu comportamento dentro de um determinado grupo.
Não se trata simplesmente de causa e efeito, mas de uma necessidade para que os grupos, e de forma especial as Organizações sejam beneficiadas e diminuam os problemas relacionados ao gerenciamento de pessoas. Pois quanto mais as pessoas exercitarem o “egoísmo altruísta” e realizarem a Administração Pessoal, mais estarão preparadas para se relacionarem produzindo bons resultados aos grupos nos quais estão inseridas.

Nada de altruísmo egocêntrico, instrumentalizando o outro para benefício próprio, este falsifica a caridade. Mas sempre o EGO que caminha ao ALTER, na valorização de saber quem se é, para saber o que se quer, no contexto da sua vivência social.  Quem sabe assim, as pessoas -na união do eu e tu- consigam viver melhor a dimensão do NÓS.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

PROCESSO DECISÓRIO



O processo decisório ocupa um lugar fundamental na Administração. O bom administrador sobrevive de boas decisões, e mais do que isso, das suas consequências que aparecem em forma de sucesso ou fracasso na vida da empresa que administra e todos os stakeholders.
Mas o que constitui de fato o processo decisório?
De forma resumida podemos dizer: Problema e Decisão.
Um problema sempre sugere uma solução, e tal solução é o que chamamos de decisão. Etimologicamente isso fica ainda mais evidente. Problema é um obstáculo e Decisão é o rompimento desse obstáculo, é uma forma de deixar fluir. Ou seja, toda decisão é a solução de um problema.
Uma situação X sugere uma ação, e quando o problema o cenário está preparado para se tomar uma profícua decisão
As decisões são classificadas de acordo com os problemas. Nesse sentido, há decisões simples e complexas, e decisões específicas e estratégicas. Por sua vez, podem ser comprovadas de forma imediata, a curto e ao longo prazo.
Mas as decisões não são tomadas aleatoriamente e por quaisquer pessoas. Existem os atores da decisão, são eles: Decisor (que influencia diretamente a decisão), Facilitador (que tem conhecimento dos problemas e auxilia o decisor) e o Analista (auxilia tanto o Decisor quanto o Facilitador na definição e solução dos problemas).
O aspecto cultural tem grande influência no processo decisório. A cultura que é transmitida, aprendida e compartilhada revela características intrínsecas de uma pessoa, grupo e Organização através dos 3 níveis: Comportamental, Ideológico e material.
É preciso enfatizar o aspecto holístico de uma decisão. Ou seja, saber que uma decisão particular tem abrangência Universal. Numa empresa, por exemplo, uma decisão departamental não atinge só aquele setor, tem relevância no todo da Organização.
Os 3 E’s  (Efetividade, Eficácia e Eficiência) agregam valor ao Processo Decisório. De que forma? Ora, todo problema necessita de soluções que são encontradas através dos objetivos e avaliação de alternativas para solucioná-los (Efetividade), assim os objetivos podem ser concretizados e solucionados (Eficácia), mas não de qualquer forma, mas utilizando-se dos melhores e resumidos recursos possíveis (Eficiência).
AS ETAPAS DE UMA DECISÃO
O processo decisório é composto por 6 partes: Definição do problema, Identificação dos critérios, Ponderação dos critérios, Geração de alternativas, Classificação de cada alternativa de acordo com cada critério, Identificação da solução ideal.
Mas dificilmente perpassamos por todas as partes ao tomar uma decisão. Sobretudo, porque na maioria das vezes utilizamos o nosso Sistema intuitivo/emocional, mais rápido e cômodo ao invés do raciocínio consciente, mais exigente e lento.
Outros fatores que constituem o Processo Decisório:
RACIONALIDADE LIMITADA: refere-se ao limite que há na racionalidade humana devido a fatores de: excesso de informações, recursos disponíveis, tempo indevido, erros e limites, força de vontade, interesse próprio e questões éticas;
CONSCIENTIZAÇÃO LIMITADA: A consciência não consegue abranger o todo, sendo assim, privilegia algumas coisas para atentar-se e deixa de lado outras coisas;
ÉTICA LIMITADA: Trata os paradoxos que há entre aquilo que julgamos ético e aquilo que praticamos. O erro que enxergamos no outro fica indiferente quando cometidos por nós;
HEURÍSTICA: São atalhos mentais que servem para simplicar e acelerar o Processo Decisório, principalmente quando se depara com situações complexas. Os atalhos são: Disponibilidade (o que já temos de disponível sobre determinado assunto), Representatividade (quando o julgamento é feito a partir de estereótipos), Afeto (prevalece sobre o racional) e Teste de hipótese (dados seletivos e hipotéticos);
VIESES DA TOMADA DE DECISÃO: O principal viés é a heurística, mas existem outros, considerados como armadilhas. Ei-las: Armadilha da âncora, status quo, confirmação das evidências, autoconfiança, memória, prudência.

domingo, 31 de março de 2013

ADMINISTRAÇÃO DE VENDAS E MARKETING



            Antes de dissertar sobre o assunto é necessário fazer uma observação: marketing e vendas não são sinônimos!
            “Marketing é o conjunto de atividades, instituições e processos envolvidos com o objetivo de criar, comunicar, entregar e trocar ofertas que tenham valor para os stakeholders e sociedade em geral” (Conceito atual).
Trata-se de uma visão holística acerca da relação de troca existente entre a Indústria/empresas (produto) e Mercado/consumidores (dinheiro, informação). Através do Mix de Marketing ou 4 P’s (Produto, Preço, Promoção, Praça)  essa relação de troca ganha mais significado no encontro com os 4 C’s ( Clientes, Custo, Conveniência, Comunicação). Os 4 P’s e 4 C’s “São as variáveis controláveis que a empresa reúne para satisfazer o consumidor-alvo”. (McCarthy, 1997).
            Por sua vez, Administração de Vendas corresponde ao “Planejamento, a direção e o controle de venda pessoal, incluindo recrutamento, seleção, treinamento, providências de recursos, delegação, rotas, supervisão, pagamento e motivação” (Las Casas, 2009). É algo mais específico que atua no concreto da relação de troca em tudo aquilo que concerne às vendas.
O principal papel da Administração de Vendas é sem dúvida buscar atender as necessidades do consumidor (comprador) através de um bom atendimento do vendedor. E nesse sentido, o administrador é responsável por todo o pessoal envolvido em vendas, pois “gerencia a comunicação que o vendedor identifica (ou não) para satisfazer as necessidades do comprador” (cf. WEITZ,2004).
No contexto mercadológico a Administração de Vendas atua principalmente no Mix de Promoção, pois consiste em mostrar ao consumidor a existência do produto, através da propaganda, promoção de vendas, vendas pessoais, entre outros.
Em suma, numa visão sistêmica do Marketing, a Administração de Vendas é quase como o seu objetivo alcançado, pois o produto chega bem ao consumidor, o que possibilita o feedback das informações, dinheiro e uma fidelidade nas vendas.

quinta-feira, 14 de março de 2013

FORMAÇÃO PERMANENTE



         A formação é um processo inacabado, exige contínua renovação para que o conhecimento seja sempre mais atualizado diante das inevitáveis mudanças que surgem no mundo complexo e sempre dinâmico.
         Óbvio, não somos utópicos em dizer que o conhecimento pode ser adquirido em totalidade por um indivíduo, pois ele é inesgotável. Em outras palavras, nunca ninguém estará totalmente formado. Porém, o conhecimento pode ser sempre mais aprimorado, principalmente no que diz respeito àquilo que é específico e esperado de cada pessoa no seu lugar, na sua ocupação.
         Prezar a formação permanente é uma sugestão sábia para que o indivíduo - constituído por aquilo que lhe falta - queira atualizar-se na sua formação para que possa fazer com afinco e precisão aquilo (e apenas) que se espera dele.
         Os títulos e os diplomas são fundamentais para a formação profissional, isto é, são necessários e na maioria das vezes são condicionantes únicos para poder exercer determinados cargos profissionais; mas não são exclusivos e não bastam por si mesmos.
         O mundo contemporâneo, nas suas mudanças e inovações constantes, provocadas pelo avanço cada vez mais surpreendente da tecnologia globalizada, tem como exigência essa formação permanente.
Nesse processo, parece que parar com o que se tem (e se sabe) é regredir e, portanto, não crescer e não atualizar-se é diminuir e tornar-se marginalizado do mundo cognitivo.
Portanto, a formação não é algo estático e provisório, deve ser encarada como algo permeado de dinâmica e, portanto, PERMANENTE.
        Mas no afã de uma permanente formação podemos nos enganar em meio a tanta informação. E o engano por vezes é pior do que o erro, pois elege algo como verdadeiro e o dogmatiza. Hoje em dia há muita facilidade de informação, mas nem sempre ela contém qualidade de formação, pois não abrange o conhecimento como um todo.
        É preciso abandonar o comodismo da informação que superficializa o conhecimento. É preciso ir além das aspas na maneira de interpretar as coisas e buscar sempre mais uma formação sólida.
        O conhecimento é adquirido através de uma boa pesquisa. Por sua vez, a pesquisa é responsável por fazer com que os dados e a consequente informação adquirida seja um solo fértil para então se atingir o conhecimento. Em outras palavras, saber organizar as informações e torná-las úteis é uma forma de atingir um conhecimento sobre algo.
         Mas não é tão somente nos livros, em salas de aula e nas teorias inúmeras que a formação (e também a formação permanente) acontece. Ela também se dá através da leitura da própria vida, nas contingências e necessidades da realidade de cada pessoa.
         Em suma, apesar do conhecimento e da formação ser um processo inacabado, a menor intenção de querer atualizar-se na formação já é uma maneira de buscar a formação permanente.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

GANÂNCIA E AMBIÇÃO



Sim, há diferença entre ganância e ambição, pois enquanto a ambição propõe o “querer mais”, a ganância impõe o “querer só pra si”.
Querer ser mais que o outro é uma forma capciosa de viver. A vontade fica aprisionada a uma mania fútil de querer sempre estar á frente do outro, e o outro se torna uma contínua ameaça e uma perene pedra no caminho.
O comportamento do ganancioso oscila entre a inveja e o orgulho. Inveja quando percebe o sucesso do outro, vê-se então fracassado mesmo podendo estar bem; e torna-se orgulhoso somado a uma arrogância interpessoal quando está “bem”, ou seja, num lugar elevado e soberano entre os outros. Assim, o ganancioso coloca-se no centro de tudo.
Enfim, o ganancioso quer mais, mas somente para si e dificilmente comunga do sucesso do outro.
O que não se deve é condenar quem deseja ser e/ou ter mais, pois afinal, todos nós em proporções diferentes buscamos algo melhor para nossa vida. Mas o que se deve observar é o equilíbrio, ele torna a busca saudável e não concorda com a ganância.
Ter ambição não é nenhum pecado e, pelo contrário, faz com que a vida ganhe mais dinâmica e significado. As metas são estabelecidas, a vontade é direcionada e a busca é disciplinada para a conquista.
Porém, a ambição sempre deve aliar o ter ao ser. Aquilo que sou deve ir adiante daquilo que eu tenho para estabelecer no equilíbrio o que e como devo querer e buscar o “mais”.
Querer saber mais fundamenta o aprendizado, querer ter mais solidifica a minha labuta e enfim, querer ser mais norteia a minha vida em minhas escolhas e decisões.
A minha ambição será boa na medida em que ela manter-se distante da ganância. Devo querer mais e buscar sem receio o melhor, mas não posso em nome dessa busca pisar no outro ou invejar o seu sucesso.
O outro não é uma ameaça, é, pois, colaborador, parceiro, irmão e também um guerreiro que luta (como eu) para conquistar algo melhor para sua vida.