quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Inteligência Emocional no exercício da liderança



A Inteligência Emocional, conforme Daniel Golemam (primeiro autor a conceituar o tema) é a capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos, e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos. 
Nesse sentido, a Inteligência Emocional é percebida através de cinco atitudes: Autoconhecimento Emocional, Habilidade de lidar com seus próprios sentimentos, Automotivação, Reconhecimento das emoções de outras pessoas e Habilidades nos relacionamentos interpessoais.
Por sua vez, liderança é "a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir os objetivos identificados como sendo para o bem comum", conforme Hunter do emblemático livro "O monge e o executivo".
Vamos relacionar os assuntos percebendo os benefícios que a Inteligência Emocional possibilita ao exercício da liderança.
A Inteligência Emocional privilegia aspectos ligados à subjetividade humana, na capacidade que o homem tem de lidar com as suas próprias emoções direcionando-as para o seu e o bem comum. Sendo assim, podemos dizer que, ao utilizar a sua Inteligência Emocional, o homem exerce uma liderança sobre si mesmo.
Muitas vezes, no que diz respeito à liderança, ouvimos no senso comum: “É mais fácil obedecer do que mandar”. Pessoas que tem essa visão, que não conseguem “mandar” (ou exercer uma liderança sobre os outros) na verdade podem estar projetando uma deficiência também no obedecer. Isto porque para obedecer há uma necessidade interna de mandar em si mesmo na conversão da vontade, pois do contrário a obediência não é tão “fácil” como se pensa. Portanto, para obedecer a pessoa precisa saber mandar (em si mesmo).
Quem exerce liderança sobre si mesmo tem maior facilidade para liderar os outros. Da mesma forma, quem se utiliza da Inteligência Emocional - aprendendo a lidar com a complexidade das próprias emoções, tem maior facilidade para entender e lidar com as emoções das outras pessoas.
Nesse sentido, podemos dizer que a Inteligência Emocional torna-se essencial para o exercício da liderança. O líder, diferente do patrão, é aquela pessoa dotada de uma Inteligência Emocional que o faz liderar a si mesmo para poder liderar melhor os outros.
E nesse processo, os aspectos emocionais são fundamentais para que o líder saiba inspirar, motivar e, a partir do próprio exemplo ser referencial para seus liderados, no sentido de ser alguém capaz de ser seguido por eles. Ao mesmo tempo, o líder surge como alguém que valoriza e se importa com o seu liderado, ou seja, percebe e se sensibiliza com as suas emoções. Porém, o líder Inteligente Emocional é extremamente equilibrado, e pode flutuar com maturidade na razão e na emoção.

            Em suma, a importância da Inteligência Emocional no exercício da liderança trata-se de uma necessidade e não somente de um molde de ação. A Inteligência Emocional faz parte do processo de liderar, agrega mais humanidade e aproxima líder e liderados dos objetivos traçados.