quarta-feira, 3 de abril de 2013

PROCESSO DECISÓRIO



O processo decisório ocupa um lugar fundamental na Administração. O bom administrador sobrevive de boas decisões, e mais do que isso, das suas consequências que aparecem em forma de sucesso ou fracasso na vida da empresa que administra e todos os stakeholders.
Mas o que constitui de fato o processo decisório?
De forma resumida podemos dizer: Problema e Decisão.
Um problema sempre sugere uma solução, e tal solução é o que chamamos de decisão. Etimologicamente isso fica ainda mais evidente. Problema é um obstáculo e Decisão é o rompimento desse obstáculo, é uma forma de deixar fluir. Ou seja, toda decisão é a solução de um problema.
Uma situação X sugere uma ação, e quando o problema o cenário está preparado para se tomar uma profícua decisão
As decisões são classificadas de acordo com os problemas. Nesse sentido, há decisões simples e complexas, e decisões específicas e estratégicas. Por sua vez, podem ser comprovadas de forma imediata, a curto e ao longo prazo.
Mas as decisões não são tomadas aleatoriamente e por quaisquer pessoas. Existem os atores da decisão, são eles: Decisor (que influencia diretamente a decisão), Facilitador (que tem conhecimento dos problemas e auxilia o decisor) e o Analista (auxilia tanto o Decisor quanto o Facilitador na definição e solução dos problemas).
O aspecto cultural tem grande influência no processo decisório. A cultura que é transmitida, aprendida e compartilhada revela características intrínsecas de uma pessoa, grupo e Organização através dos 3 níveis: Comportamental, Ideológico e material.
É preciso enfatizar o aspecto holístico de uma decisão. Ou seja, saber que uma decisão particular tem abrangência Universal. Numa empresa, por exemplo, uma decisão departamental não atinge só aquele setor, tem relevância no todo da Organização.
Os 3 E’s  (Efetividade, Eficácia e Eficiência) agregam valor ao Processo Decisório. De que forma? Ora, todo problema necessita de soluções que são encontradas através dos objetivos e avaliação de alternativas para solucioná-los (Efetividade), assim os objetivos podem ser concretizados e solucionados (Eficácia), mas não de qualquer forma, mas utilizando-se dos melhores e resumidos recursos possíveis (Eficiência).
AS ETAPAS DE UMA DECISÃO
O processo decisório é composto por 6 partes: Definição do problema, Identificação dos critérios, Ponderação dos critérios, Geração de alternativas, Classificação de cada alternativa de acordo com cada critério, Identificação da solução ideal.
Mas dificilmente perpassamos por todas as partes ao tomar uma decisão. Sobretudo, porque na maioria das vezes utilizamos o nosso Sistema intuitivo/emocional, mais rápido e cômodo ao invés do raciocínio consciente, mais exigente e lento.
Outros fatores que constituem o Processo Decisório:
RACIONALIDADE LIMITADA: refere-se ao limite que há na racionalidade humana devido a fatores de: excesso de informações, recursos disponíveis, tempo indevido, erros e limites, força de vontade, interesse próprio e questões éticas;
CONSCIENTIZAÇÃO LIMITADA: A consciência não consegue abranger o todo, sendo assim, privilegia algumas coisas para atentar-se e deixa de lado outras coisas;
ÉTICA LIMITADA: Trata os paradoxos que há entre aquilo que julgamos ético e aquilo que praticamos. O erro que enxergamos no outro fica indiferente quando cometidos por nós;
HEURÍSTICA: São atalhos mentais que servem para simplicar e acelerar o Processo Decisório, principalmente quando se depara com situações complexas. Os atalhos são: Disponibilidade (o que já temos de disponível sobre determinado assunto), Representatividade (quando o julgamento é feito a partir de estereótipos), Afeto (prevalece sobre o racional) e Teste de hipótese (dados seletivos e hipotéticos);
VIESES DA TOMADA DE DECISÃO: O principal viés é a heurística, mas existem outros, considerados como armadilhas. Ei-las: Armadilha da âncora, status quo, confirmação das evidências, autoconfiança, memória, prudência.