O livro trata da estória de John Dayli, um
empresário norte-americano bem sucedido que, em meio à sua azáfama diária,
percebe que as coisas estão fugindo um pouco dos seus planos. É influenciado
por sua mulher a aconselhar-se com um pastor que, por sua vez, o indica para
fazer uma espécie de retiro num mosteiro. Saber que
o lendário Len Hoffman, um ex-executivo renomado, era um dos religiosos do
mosteiro, e depois que seria ele o palestrante do
“retiro” despertou um maior interesse à participação de John. Ainda, Len tinha
o onomástico religioso de Simeão, um nome que o “perseguiu” positivamente em
algumas etapas de sua história.
Eis o
encontro: O monge e o executivo. E nesse encontro a história sobre a essência
da liderança. Há outros personagens: os participantes/personagens do curso no
mosteiro, e também nós, os leitores que se dispõem a aprender sobre a
liderança.
Primeiramente
o conceito: “liderança é a habilidade de
influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir os
objetivos identificados como sendo para o bem comum”. Ou seja, habilidade
de influenciar pessoas para os objetivos comuns. Isso faz-nos compreender a
diferença entre gerenciar coisas e liderar
pessoas.
Nesse
sentido, é comum diferenciar autoridade e poder. Enquanto na autoridade a
pessoa exerce liderança sobre as pessoas influenciando-as a fazerem de boa vontade suas tarefas; no poder,
as pessoas são coagidas ou forçadas a agirem. O líder é seguido espontaneamente
porque sua presença exala confiança, amor, sacrifício e exemplo na sua maneira
de servir o outro.
“Para liderar
você deve servir.” Essa forma de pensar rompe com antigos e suscita novos
paradigmas, como o de colocar o cliente em primeiro lugar no modelo piramidal
da administração. Pode-se dizer então que a essência da liderança está no
servir.
Mas servir de que forma? Com amor, com Amor Ágape,
que reúne em si comportamento e escolha a partir dos seus sinônimos: paciência, bondade,
humildade, respeito, generosidade, perdão, honestidade, compromisso.
O líder deve preocupar-se em fornecer o ambiente certo
e as condições para os liderados fazerem suas escolhas. Não se pode mudar
ninguém, porém, a comunicação do líder pode influenciar as escolhas dos
liderados, desde o seu próprio exemplo até o estabelecimento de normas.
Investir e “exigir” na vontade é mais interesse e produtivo do que na atividade
do liderado.
Através da vontade “as escolhas que fazemos aliam ações às intenções”. Quando então “os pensamentos tornam-se ações, ações
tornam-se hábitos, hábitos tornam-se caráter e nosso caráter torna-se nosso
destino”.
“O líder que opta pela autoridade e influência precisa fazer muitas
escolhas e sacrifícios”, em vista do seu “servir com amor”. É uma tarefa
dinâmica e que sempre sugere renovação e atualização.
Sobretudo, é preciso enfatizar a alegria de um bom
líder, como “a satisfação interior e a
convicção de saber que está verdadeiramente em sintonia com os princípios
profundos e permanentes da vida”.
Eis o líder: aquele que tem a habilidade de
influenciar pessoas através do seu comportamento de servir com amor, Caminho
que exige sacrifício e doação de si; Elege e desperta a vontade para tornar o
agir habitual e intencional; E tem a alegria como recompensa desse dinâmico
processo, que o faz diferenciar ser alegre e estar feliz a partir
do que faz.
“A essência do amor é a doação de si” (Edith Stein)
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